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31º Aniversário do Exército e juramento de bandeira na AMEx

As celebraçoes do 31º aniversário do Exército no ano de 2022, cujo acto central decorreu na Região Militar Centro, tiveram um “gosto” acrescido para a Academia Militar do Exército porque, foi também neste dia em que os mais de 270 recrutas fizeram o seu juramento à Bandeira Nacional, marcando assim a sua entrada para as fileiras do Exército. 


A cerimônia que decorreu nas instalações da Unidade de Apoio a Instrução (UAI) na comuna da Tola- município do Bocoio, foi presidida polo, Brigadeiro, Jacinto Dumbo Graciano, Segundo Comandante da AMEx, em representação de Sua Excelência Tenente General, José Alberto Veiga, ladeado pelos Coroneis; Ernesto João Calenga,  Comandante adjunto para a Educação Patriótica da AMEx, Edwen Paulo Candungulo Matos, Comandante da UAI e Jacob’s Shandley Viongo, Director de Ensino da AMEx. Prestigiaram o acto com suas presenças os Exmos senhores Administradores municipais de Bocoio e do Cubal, estiveram também presentes oficiais a distintos níveis, Sargentos, Praças, cadetes, trabalhadores civis e convidados. 


O momento mais alto do acto, foi sem dúvidas o juramento a Bandeira Nacional feito pelos novos cadetes; mas também o encerramento de mais uma formação Básica Militar dos estudantes do nono (9º) curso que a partir de Janeiro de 2023 frequentarão o 1º ano de Licenciatura em Ciências Militares, juntando também a promoção de vários Oficiais Superiores, Capitães, Subalternos, Sargentos e Praças.


Na sua intervenção, o Presidente do acto, em nome do Comandante da AMEx, Tenente General, José Alberto Veiga e de dele próprio, saudou  os convidados e começou por enfatizar o facto de a cerimónia ter sido celebrada no dia em que se comemora o 31º Trigésimo aniversário do Exército, forças terrestres, um dos Ramos das Forças Armadas Angolanas e por a mesma ter decorrido na hospitaleira e encantadora localidade da Tola.


Lembrou também a audiência que foi num dia 17 de Dezembro, no Longícuo ano de 1663, em que morreu em circunstâncias menos esclarecidas, a soberana Rainha Nzinga Mbandi ou Dona Ana de Sousa pelo Baptismo da igreja Católica, cujos efeitos protagonizados por essa guerreira angolana na luta antí-colonial ecoam pelo mundo inteiro, sendo assim um exemplo para todas as mulheres que representam o género nas FAA no geral e no Exército em Particular.


Continuando, disse que fruto dos acordos de paz para Angola, rubricados em Bicesse/Portugal aos 31 de Maio de 1991, à 17 de Dezembro do referido ano, Angola testemunhava a criação do Exército, um dos três Ramos das FAA – Baluarte da Paz e sinónimo de Unidade e Reconciliação Nacional. E como tal se pode compreender, são dois marcos indeléveis (acordos de Bicesse e Criação do Exército), de transcendente importância da nossa história carregados de um tradicionalismo combativo, angolanidade e patriotismo, sem os quais, o sabor da liberdade, a avidez à soberania e sonho da paz que hoje usufruimos como realidade inquestionável, não passariam de uma utopia ou milagre do porvir. Por esta razão o celebrante do acto pediu a todos um minuto de silêncio em memória de todos os combatentes e não combatentes que de uma forma ou de outra perderam as suas vidas em acções militares realizadas em terra.


Sobre os novos cadetes disse que o facto deles terem jurado à Bandeira num dia como este manifesta a preocupação da direcção política e militar do país na necessidade de aumentar qualitativa e quantitativamente a componente terrestre das suas forças armadas com jovens a licenciarem-se em Ciências e Tecnologias Militares, capazes de continuarem a dar corpo as causas pelas quais os nossos herois tombaram, conquistaram a independência, a soberania e a garantia da inviolabilidade do espaço terrestre nacional.


E dirigiu-se aos novos cadetes dizendo que este é o começo de uma longa e complexa caminhada, quanto a carreira na vida castrense. E citando o Presidente Fidel Castro que dizia “quando se começa a construir alguma coisa desde os alicerces, toma tempo ver a obra completa. Em princípio, apenas consegue-se ver os cimentos” disse-lhes que o processo de formação, no geral e do Docente-Educatico na Academia Militar do Exército em particular é assim também. A fase de Instrução Básica que hoje termina consideramo-la de edificadora dos alicerces, com cimento. Doravante queremos ver o cimento a desaparecer dando lugar a um grande edifício a quem o povo angolano e as FAA poder-se-ão orgulhar. E terminou parabenizando-os pelo facto de o 9º curso ter sido excelente na história da formação básica militar ocorrida na AMEx.


De salientar que as comemorações do 31º aniversário do Exército na AMEx tiveram início no dia 7 de Dezembro com uma partida de futebol. Seguiram-se outras actividade como palestras, visitas à diversas intituições de ensino e não só. 



Categoria: Notícia | Data de Publicação: 06-01-2023 | Data de Actualização: 06-01-2023